quinta-feira, 20 de agosto de 2009

"Tarde Demais"


“A justiça tarda, mas não falha”. Essa frase de cunho popular parece piada no nosso dia a dia. Na prática vê-se o contrário, pois vemos erros escabrosos cometidos pelo poder jurídico nacional. A imprensa na forma de “quarto poder” auxilia, muitas vezes, a expor os “erros” cometidos pela “Justiça”. Um caso recente demonstrou a incapacidade de julgamento ao colocar um preso em liberdade condicional por bom comportamento de volta ao convívio social. Que no momento exterior aos muros da penitenciária, cometeu o mesmo crime pelo qual foi condenado a tempo atrás. Desleixo, falta de atenção? Porque não se fez um exame psicológico no preso para alcançar afirmações profundas sobre as nuances do comportamento intrínseco do detido.

Permitir a acessibilidade de um recluso ao meio social é ser negligente com a população, colocada em perigo de uma forma camuflada, pois há como identificar um esquizofrênicos, psicopata ou outras perturbações mentais pela aparência.

É inexplicável o caso da médica pediatra paulista Rita de Cássia, morta após assalto iniciado num shopping popular tradicional de Salvador. Para que serve as câmeras de segurança que nos observam em tempo real? Estamos realmente seguros dentro dos conglomerados de lojas distribuídos em alamedas? A segurança do Shopping será reforçada após o escândalo? O crime foi cometido várias vezes com o formato muito parecido, entretanto nenhum segurança, ou supervisor do sistema interno de TV se mostrou atento ao quadro. “Um dia antes de raptar e assassinar a médica, Gilvan Cleucio de Assis, 35 anos, teria atacado outra cliente no estacionamento do Shopping Iguatemi”.

Mais uma vida inocente foi tirada para que um caso tomasse proporções nacionais, incomodando à “rotina social”. Tudo isso poderia ser evitado. Quanto sofrimento teria sido poupado. O assaltante levou o que, em bens matérias, da vítima?

O juiz que permitiu ao recluso liberdade temporária deveria ser culpado por homicídio? Será que a repercussão dessa notícia seria equivalente se a médica fosse baiana?

Após o crime uma psicóloga juntamente com o corpo técnico pericial da polícia reconstituiu o crime, com o auxilio dos depoimentos do acusado, e concluiu que o réu sofre de psicopatia. Infelizmente foi uma conclusão tardia, pois uma vida foi tirada para elucidar os percalços judiciais, mas a sanção existe para que esse tipo de crime não volte a ocorrer. É o que se espera.

Luiz Ribeiro

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